Recebi, hoje, um artigo de
uma assessoria de imprensa, onde o autor (cliente) diz:
” A imprensa dará ênfase àqueles que estiverem em evidência nas
pesquisas de intenção de voto, por isto quanto mais cedo o candidato aparecer
publicamente, mais facilmente será lembrado e mais rapidamente poderá alcançar
posições de liderança na disputa”
Ele sugere no texto
que os candidatos usem a mídia espontânea:
“Quanto
mais cedo o candidato iniciar os trabalhos, melhor. A mídia espontânea, aquela cobertura
cotidiana dos veículos de comunicação e o “boca a boca” devem ser explorados desde
o primeiro dia de campanha”.
Pela lei
9.504/97 e Resolução TSE 23.370/11, a imprensa tem que dar tratamento
igualitário, não pode conceder espaços privilegiados, nem pode opinar sobre
quem é o melhor.
De acordo
com a especialista em direito eleitoral Fernanda Cáprio, essa legislação regula todo processo de
propaganda eleitoral e comunicação durante a campanha.
“Os
meios de comunicação contribuem com o processo eleitoral, pois transmitem o
horário eleitoral gratuito, e as regras para tanto são de equilíbrio entre os
candidatos e rigor nos procedimentos”, diz Fernanda.
A lei
fala de tratamento igual, então, é preciso que o veículo que for entrevistar um
candidato dê oportunidade para os outros candidatos, de forma a manter o equilíbrio
do espaço para representantes de coligações.
“A legislação
eleitoral prioriza a igualdade em todas as circunstâncias, seja na propaganda
de rua (tamanhos e regras para pinturas, adesivos, placas, etc), na propaganda
de jornais (regras para anúncios, tamanhos, quantidade, etc), na internet (como
mandar e-mails, como utilizar sites e blogs) e também na propaganda de rádio e
TV. Nestas, inclusive, há regras muito específicas que vão desde o tratamento
igualitário até cumprimento de requisitos, bem como punições serias por
descumprimento”, diz Fernanda
Dar notícia continua
sendo nosso papel como, por exemplo, determinado candidato está respondendo uma
representação, ou foi impugnado. Nestes casos, o jornal está trabalhando com
notícias públicas.
Existe mídia espontânea para candidatos?
Claro, todos ficaremos sabendo que
" o Mané comeu pastel na feira, o Bellodi no mercado, o Valdomiro na rodoviária, o Marcelo não comeu, o João também não”,
todos os dias pelos próximos meses.
" o Mané comeu pastel na feira, o Bellodi no mercado, o Valdomiro na rodoviária, o Marcelo não comeu, o João também não”,
todos os dias pelos próximos meses.
Pelo menos é o que espero, uma imprensa justa e ética.
Ps 1- questionei o assessor que me respondeu:
" risos "
e disse ainda que o
artigo é opinativo...
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