O professor cuidador
Elísio
Vieira de Faria, 59 anos, lança seu segundo livro, “Dois Minutos – O Tempo
da Felicidade: 600 dias eletivos em minha escola, minha lida” (Iglu
Editora) no dia 2 de junho, às 19h, no
Complexo Swift de Educação e Cultura .
Encontrei-me
com Elísio apenas uma vez. Fui até a sua casa quando ele lançou seu primeiro
livro “De Cuidado e Cuidador: Presente” (2010). Nesta obra ele
apresentou a história de seu sogro, o ferroviário Sebastião Leite de Moraes.
Entrevistei
o para o programa “Maturidade Feliz”. Ele me contou como se transformou em
cuidador do sogro e como os dois juntos escreveram a história. O sogro, na
época muito doente, tinha um novo foco, uma razão para viver, terminar o livro
com o genro.
Foi uma entrevista muito
interessante do ponto de vista humano. Não é todo dia que um homem é cuidador,
tarefa sempre deixada para as mulheres. E mais interessante ainda, cuidador do
sogro. Não conheci o senhor Sebastião, pois este se encontrava no hospital. Faleceu
uma semana depois, sua vida já estava registrada.
Na nova obra,
o autor compartilha o dia a dia de uma escola pública.
“Penso
nesta obra como minha contribuição para a sociedade, compartilhando o dia-a-dia
de uma escola pública a partir da minha experiência como diretor. Sinto-me
feliz por poder compartilhar em livro situações, relatos e experiência que
estariam fadados ao esquecimento em relatórios e planilhas”, destaca.
A
cada capítulo de “Dois Minutos”, ele constrói um mosaico de ideias,
ações, experiências e histórias que revelam uma escola além da carteira, da
lousa, do giz e dos livros — uma escola de crianças e de adultos que
compartilham conhecimento até mesmo em uma rápida conversa de dois minutos.
Relatos e depoimentos de professores e alunos também permeiam a narrativa do
livro, onde Faria também registra a lembrança de todos os profissionais que com
ele puderam compartilhar seu trabalho como gestor de ensino. Por outro lado, a
literatura emerge na obra, revelando o olhar do escritor sobre o professor, e o
deste sobre a sua lida.
“Não se tem nesta obra uma preocupação em
discorrer sobre doutrinas e diretrizes relacionadas à gestão e suas exigências
relativas à escola no mundo atual. O livro procura descrever a escola como o
poema de Paulo Freire, um lugar que não se trata só do prédio, das salas, dos
quadros de avisos, dos conceitos, do programa, das grades. Escola em forma de
gente que fia, que tece, que enreda, que embala, que cuida”, pontua o escritor
na introdução de “Dois Minutos”.
Se você gosta de ler, livros que falam
da nossa verdade, de gente comum, livros
humanos, fica aqui a dica!
Malu, bonita sua resenha a respeito do livro do Elísio, tão gostosinha de ler quanto o próprio. Sucesso aos dois.
ResponderExcluirObrigada Dinamara,fiquei muito feliz com seu comentário.É tão bom um feedback.Sucesso para você também, Malu
Excluir