Você se lembra das figuras
de linguagem que aprendeu no colegial?
A Metáfora, o eufemismo, o
pleonasmo, o paradoxo, entre tantas outras, usadas na literatura para
deixar o texto mais bonito?
Lembra? Tem uma que a
mídia de Rio Preto adora, a hipérbole.
Muita usada, também,
na linguagem oral, a hipérbole é um recurso linguístico usado para dar
expressividade ao texto, através do exagero.
Por favor,
linguistas me expliquem, jornalista pode usar? Correta ou Incorretamente,
deve usar?
Ontem na segunda edição do
Tem Notícias, o repórter, que fez uma matéria linda, lá em Palestina sobre o
Romarinho disse:
Foi uma caminhada longa...
Um menino de 21 anos com
uma caminhada longa!
Uma tentativa de hipérbole.
Bem, não machuca ninguém
este exagero, só faz a gente se sentir velha...
Já o Diário da Região de
hoje (29/06) no caderno Cidades estampou :-
Pai e filho estão entre
vida e morte.
Bem estamos todos nós, não
é mesmo? Entre a vida e a morte?
O estado de saúde do pai é
grave e estável, está na UTI com fraturas e não corre risco de morte.
A manchete deve ser o
repórter "tentando" usar o recurso da literatura para impressionar,
só que aqui ele mudou a informação.
Isto é grave!
É quase ou pior que aquela
expressão publicada no Cidades, do dia 20, deste mês que dizia que
uma criança de dois anos tinha um “ Corte profundo” na ponta do dedinho!
Olho agora para o
meu dedo, fino, tenho as mãos bonitas, a ponta do meu dedo não tem um cm de
largura.
Esta criança deve ser um
monstro.
E por hoje é só, que ‘
estou morrendo de fome”, e "fedida feito um gambá", vou banhar e
tomar café.