sexta-feira, 23 de março de 2012

Câmara de Rio Preto faz oposição ao meio ambiente



Foi lançado ontem, oficialmente, o 28º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados que acontece em São Paulo, entre os dias 7 e 10 de maio.
O lançamento ocorreu no Vila Conte em torno de 600 convidados, supermercadistas e imprensa.
O presidente da associação, João Galassi, veio para o lançamento, mas o que ocupou a atenção da media foram as sacolinhas.
A Câmara Municipal de Rio Preto aprovou esta semana projeto que obriga supermercados a fornecerem sacola reciclável sem custo ao consumidor.
Bem vou deixar algumas reflexões aqui, até porque o assunto para mim é visceral.
Todos que me conhecem sabem que quando cheguei da Inglaterra para morar no Brasil fui agricultora orgânica, a primeira da região, de fato. Tudo que tem a ver com sustentabilidade para mim é paixão, é impossível ser imparcial.
A oposição que se colocou contra o fim das “sacolinhas” nos supermercados dizia em rede social (fizeram uma baita campanha contra o meio ambiente) que os donos de mercado iriam se beneficiar com a “economia”.
Agora a Câmara quer que os supermercados distribuam a sacola reciclável, bem mais cara. Marcos Apostolo, grande empresário da cidade, me ensinou uma lição uma vez que nunca mais esqueci: “ Não existe almoço de graça”.
Ou você acha Pedro Bó, que a sacolinhas, se a lei for sancionada serão “free”? Para algum lugar o custo vai pode ter certeza.
Outra coisa que foi bastante divulgada nas redes sociais pela oposição ao meio-ambiente ( é isto mesmo que vocês são, contra a vida e a favor de vocês mesmos, com interesse próprios eleitoreiros) é que de que adianta cortar as sacolinhas, se todo o resto da alimentação vem em plástico?
Bem meus queridos eu sugiro a vocês que adotem o copo de plástico nas suas casas e empresas, porque de que adiante diminuir a quantidade de copos plásticos, se toda a alimentação vem em plástico mesmo, não é?
Só mais uma coisa, qualquer pessoa antenada percebe a guerra de preços entre os supermercados. As promoções beiram os centavos para sair na frente. Então porque não acreditar que a economia de sacolas irá reverter para nós mesmos?  Parece-me óbvio, é mercado!
Eu poderia ficar horas aqui explicando, por exemplo, que reciclar nem sempre é a melhor solução uma  vez que muitos processos consomem muito água, daí a importância da sacola de feira da vovó voltar a ser fashion etc. Será que a Câmara pensou nisto? Duvido, só pensam na próxima eleição!
Toda atitude em favor do meio ambiente é bem vinda, seja ela pequena ou grande. São Paulo já percebeu isto, neste momento tenho vergonha da câmara de Rio Preto.
Veja no vídeo um trecho da minha entrevista com João Galessi que vai ao ar pelo meu programa “Malu Rodrigues Visita”, o programa de jornalismo social da cidade.

2 comentários:

  1. Antonio Carlos Parise23 de março de 2012 às 17:17

    Olá Malu. Dou-lhe total razão em seus comentários sobre o projeto das sacolas plásticas ou recicláveis. É inconcebível que pessoas, de até bom nível, acreditem em histórias de carochinhas. Debati esse assunto quando da aprovação do projeto,... mas fiquei sozinho na hora da votação. Não é crível supor que as empresas não repassarão os custos com as recicláveis para os preços de seus produtos. A sacola reciclável tem um custo de r$ 0,59 por unidade ( as de plásticos r$ 0,19). Se você utilizar-se de 30 unidades em compras, durante um mês, serão r$ 18,00 que o consumidor estará pagando para tê-las. As empresas repassam para seus custos toda e qualquer despesa. Não aceitam diminuir seu mark-up ou lucro. Portanto o consumidor "sem saber" estará pagando essa conta embutida nos preços das mercadorias. Fiquei penalisado com alguns inocentes e entusiasmados comemorando as sacolas "gratis". Até amigos seus da imprensa soltaram rojões. O bom mesmo seria a volta da antiga sacola de tecido....

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    1. Meu querido Parise, fico muito feliz que você se exponha por uma coisa que acredita e que de fato é muito importante. Coragem, postura e carácter é o que você mostra aqui, que tanto falta aos nossos homens e mulheres públicos(as). Infelizmente falta informação, falta debate e sobram interesses. Inclusive dos colegas de imprensa que estouram seus rojões. Será que vale aquele velho ditado que mamãe dizia enquanto a gente crescia: "Deus perdoai, eles não sabem o que fazem"?
      Ou eles sabem sim e estam dando uma de João sem braço??
      abraços

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